segunda-feira, 2 de março de 2015

ÁGUA : O ESTRESSE HÍDRICO CHEGA AO BRASIL...

ÁGUA : O ESTRESSE HÍDRICO CHEGA AO BRASIL...
A água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. ESTIMA-SE QUE CERCA DE 40% DA POPULAÇÃO GLOBAL VIVA HOJE SOB A SITUAÇÃO DE ESTRESSE HÍDRICO. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
Mesmo repleto de rios, mares e oceanos, nosso planeta tem disponível apenas cerca de 2,5% a 3% de água doce, isto é, água propícia para o consumo de cerca de 7 bilhões de seres humanos. Estes percentuais seriam suficientes para abastecer toda a população global, mas há um problema: água doce é um recurso natural que não se distribui igualmente e boa parte é de difícil acesso (localizada em rios, lagos, geleiras e aquíferos). ABUNDANTE EM ALGUNS PAÍSES, ESCASSO EM OUTROS, é usado intensamente pela agricultura, indústria e em atividades domésticas – só que de forma cada vez mais insustentável.
Além das razões acima, ainda se pode acrescentar os desequilíbrios ambientais (poluição dos rios, seca, enfraquecimento dos lençóis freáticos, etc.), o desperdício e a má distribuição da água por parte dos órgãos gestores.
QUANDO A DEMANDA POR ÁGUA DE UM NÚMERO DE HABITANTES E O CONSUMO MÉDIO POR HABITANTE SUPERA A OFERTA, OU SEJA, A QUANTIDADE E A CAPACIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EXISTENTE, UMA DETERMINADA CIDADE OU REGIÃO, ESTÁ CARACTERIZADA UMA SITUAÇÃO DE ESTRESSE HÍDRICO.
O estresse hídrico pode limitar (e limita) o crescimento econômico, restringindo atividades empresariais e agrícolas. E também afeta a capacidade de produzir alimentos suficientes para alimentar as populações.
Em breve o mundo atingirá a marca de 9 bilhões de pessoas, 2 bilhões a mais que temos hoje. Se apenas um terço deste total adotar padrões de consumo de uma pessoa da classe média, será necessário produzir 50% a mais de alimentos, a oferta de energia terá de crescer 45% e o consumo de água aumentará 30%: a pressão sobre os recursos naturais do planeta se tornará insustentável. E, nada sendo feito para mudar padrões de consumo, dois terços da população global poderão sofrer com escassez de água doce até 2025, de acordo com a ONU.
O ESTRESSE DA ÁGUA NO BRASIL : ESCASSEZ NA ABUNDÂNCIA
O BRASIL, RICO NESTE RECURSO NATURAL - DETÉM CERCA DE12% DO TOTAL DAS RESERVAS DE ÁGUAS DOCES DO PLANETA -, já sente os reflexos da escassez. Aqui as condições de acesso são desiguais: a região hidrográfica Amazônica (Norte e Centro-Oeste) equivale a 45% do território nacional e detém 81% da disponibilidade hídrica. As regiões litorâneas (Sul, Sudeste e Nordeste), que respondem por apenas 3% da oferta nacional, abrigam 45% da população do país. EM OUTRAS PALAVRAS, ONDE SE CONCENTRAM CADA VEZ MAIS BRASILEIROS, HÁ CADA VEZ MENOS ÁGUA, ESSA É UMA BOA FÓRMULA  PARA O ESTRESSE HÍDRICO: MAIS GENTE ONDE HÁ MENOS ESSE RECURSO.
EMBORA O BRASIL SEJA O PRIMEIRO PAÍS EM DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM RIOS DO MUNDO, A POLUIÇÃO E O USO INADEQUADO COMPROMETEM ESSE RECURSO EM VÁRIAS REGIÕES DO PAÍS. NAS CIDADES, OS PROBLEMAS DE ABASTECIMENTO ESTÃO DIRETAMENTE RELACIONADOS AO CRESCIMENTO DA DEMANDA, AO DESPERDÍCIO E À URBANIZAÇÃO DESCONTROLADA – QUE ATINGE REGIÕES DE MANANCIAIS. NA ZONA RURAL, OS RECURSOS HÍDRICOS TAMBÉM SÃO EXPLORADOS DE FORMA IRREGULAR, ALÉM DE PARTE DA VEGETAÇÃO PROTETORA DA BACIA (MATA CILIAR) SER DESTRUÍDA PARA A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES COMO AGRICULTURA E PECUÁRIA.
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), dos 29 maiores aglomerados urbanos do país, 16 precisam buscar de novas fontes de água para garantir o abastecimento nos próximos anos.
O ESTRESSE HÍDRICO NÃO SE LIMITA À ESCASSEZ DE ÁGUA. Saneamento também é uma causa. O consumo humano exige que a água seja limpa e tratada, mas o crescimento das cidades destrói fontes de água (mananciais). As águas superficiais - água que não penetra no subsolo, correndo ao longo da superfície do terreno, e acabando por entrar nos lagos ou rios - são poluídas pelo lançamento de esgoto, poluentes industriais e até mesmo venenos usados em larga escala na agricultura. No Brasil, 73% dos municípios são abastecidos com águas superficiais, sujeitas a todo tipo de poluentes.
A CONCENTRAÇÃO URBANA TEM SIDO SINÔNIMO DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL. Até mesmo as águas profundas são atingidas pela degradação e da exploração em excesso: a falta de saneamento adequado na região Nordeste, por exemplo, fez com que o esgoto alcançasse poços. Um grave problema, se considerarmos que nos últimos anos, ocorreu um aumento significativo no consumo de água subterrânea no país.
AGRAVA A SITUAÇÃO, UMA POLÍTICA PÚBLICA DE SANEAMENTO BÁSICO QUE TEM SE MOSTRADO IRREGULAR E DEFICIENTE, EM TODAS AS ESFERAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL).
O estresse hídrico é, portanto, maior nas regiões que concentram maior população, não necessariamente nas mais secas. Hoje, as áreas urbanas consomem 60% da água doce do planeta e, se confirmadas as projeções da ONU, até 2050, 70% da população mundial estará concentrada em grandes cidades, causando maior pressão a um sistema agora já está à beira da insustentabilidade.
DIANTE DESTE CENÁRIO, É IMPORTANTE QUE O MÁXIMO DE CONSCIÊNCIA SOBRE O ESTRESSE HÍDRICO SE TRANSFORME EM ATITUDES DE MENOS DESPERDÍCIO E DE CUIDADO COM A ÁGUA. AGINDO DESTA MANEIRA, TODOS ESTARÃO COLABORANDO PARA QUE TENHAMOS ESTE RECURSO EM QUANTIDADE SUFICIENTE, GARANTINDO UMA VIDA DIGNA E SAUDÁVEL ÀS PRÓXIMAS GERAÇÕES E A TODO O PLANETA. E VOCÊ O QUE PODE FAZER PARA ECONOMIZAR ÁGUA?

ESCOLA MUN. IRMÃ MARIA AMÁLIA – 8º ANO – 1º BIMESTRE 2015 – GEOGRAFIA –PROFESSORA MARIZETE CAJAÍBA


Nenhum comentário:

Postar um comentário